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14 de
Outubro de 2001
PREDESTINAÇÃO
- ANTECIPE O FUTURO
Numa época de ataques ousados como o do WTC,
guerra contra o terrorismo e de ameaça de
ataques usando produtos químicos e
biológicos, os gestores de empresas se
vêem numa situação de
limitação na capacidade para prever o
futuro dos seus negócios.
A miopia que gera neste ambiente advém
principalmente de eventos que até
então ninguém em sã
consciência ousaria prever, mas que agora
provoca a mudança de pensamento na hora de
rever cenários e compor o plano
estratégico.
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Os últimos eventos nos levam a
reflexão de como prever a continuidade dos
nossos negócios, basta ver o que está
acontecendo com o segmento de aviação
e turismo no mundo inteiro, devido ao ataque
terrorista em New York. Alguém previu
isto?
A capacidade de desenvolver cenários dentro
de cada universo de negócios não
é simples e requer do gestor uma capacidade
de predestinação. Num momento em que
se aumenta significativamente a incerteza, este
tipo de profissional passa ser disputado pelo
mercado.
Neste momento vemos muitas empresas revendo suas
previsões de crescimento, de investimentos
em novos negócios e tudo que envolve o mundo
dos negócios.
Em primeiro lugar, não devemos entrar neste
ambiente de histeria. O gestor deve converter esta
situação em pontos de vantagens para
o seu negócio.
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Como o gestor
deve proceder para compor um plano que minimize os
riscos?
A resposta vem através do que chamamos
(*)"Risk Management" - Gerenciamento de Risco.
É comum entre os empresários buscar
no mercado financeiro a sua proteção
para riscos eminentemente financeiros, o chamado
"derivativo". Precisamos porém ir
além disto, criando planos de
ações alternativos levando em
consideração fatos como:
Efeitos de causas naturais - Terremotos, vendavais,
maremotos, inundações, estiagens
(gerando crise de fornecimento de energia
elétrica), efeitos gerados pelo homem ao
meio ambiente, etc.
Crises mundiais - Atos terroristas, guerras,
massacres étnicos, etc
Políticas Internacionais - Acordos ou falta
de acordos comercias e diplomáticos,
etc.
Financeiros conjunturais - Altas e quedas
acentuadas do mercado de ações,
crises internas na economia como o da Argentina
afetando o desempenho da economia do Brasil,
discussões sobre a
implementação de blocos
econômicos como Mercosul e ALCA, etc.
Tecnologias - Surgimento de novas tecnologias que
decretem o fim ou enfraquecimento do nosso
negócio, ou que permitam alavancagem do
nosso negócio atual ou a entrada em um novo
negócio.
(*) Vide artigo sobre este assunto no link:
https://lauroprado.tripod.com/ezine/ed20.html
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A construção de cenários ajuda
o gestor a minimizar os riscos no futuro,
então proponha uma revisão do seu
plano estratégico e inclua um modelo que
antecipe o futuro.
Os cenários
devem ter propósitos definidos,
como:
Mostrar varias formas de gerir uma empresa
Ter medidas razoáveis para a continuidade do
negócio em situações
adversas
Ser passível de simulações
repetidas para testar estas
situações
Devem dar condições de mudança
ou retomada de rumo nos negócios
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Passos para
desenvolvimento de
cenários:
Identificação do tema ou
decisão focal. - Começar um novo
negócio, novo produto, etc
Principais forças no ambiente local -
Reações do mercado a sua
ação, alternativas de produtos ou
serviços substitutos, etc
Forças indutoras - Tendências que
influenciam o ambiente local, tais como;
econômicas, políticas, sociais e
tecnológicas
Classificação por importância e
incerteza - Individualizar as ações
para criar cenários alternativos e
específicos
Lógica de seleção de
cenários - Criar vetores chaves, tais como
vetor de preços de energia, potencial de
mercado, ações globais e de efeitos
globais
Preenchimento dos cenários - Avaliar e
compor relatórios do tipo "causa e efeito",
gerando finalmente um plano de
ação.
Implicações - Com os cenários
montados é possível coordenar as
ações, onde o principal não
é o êxito ou o fracasso, deve-se
avaliar a capacidade de formulação
estratégica e o poder de
antecipação do futuro.
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CONCLUSÃO
Ter um plano com cenários
distintos cria na organização
sensores (uma espécie de anticorpos) que
ficam permanentemente ligados, assim que surgir
indícios de algum evento de risco, a empresa
tem tempo para corrigir o rumo. Para isto acontecer
o gestor deve assim que seu plano estiver
consolidado, divulgar para a empresa inteira,
fazendo com que os cenários sejam de
domínio público da empresa. Proceda
assim e você estará antecipando o
futuro e certamente sairá na frente da
concorrência.
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