Porque a maioria das
pessoas não consegue melhorar o nível
de vida com sua profissão? E por que
não são felizes com aquilo que fazem
profissionalmente?
A resposta pode estar na forma pelo qual a maioria
empresas e pessoas são gerenciadas, isto
é, por um modelo de negócio do
início do século 20, na qual as
pessoas não se sentem a vontade. As pessoas
precisam de um novo ambiente onde possam ser
felizes e produtivas.
Domenico
de Masi em seu livro "*ÓCIO CRIATIVO" mostra
como chegar lá.
(*)
DE MASI, DOMENICO. O Ócio Criativo.
Entrevista a Maria Serena Palieri.
Tradução de Léa Manzi. Rio de
Janeiro: Sextante, 2000.
Domenico de Masi ganhou notoriedade mundial ao
divulgar sua teoria sobre o poder criativo do
ócio. Segundo ele, as pessoas devem aprender
a ocupar o seu tempo livre com atividades que
tragam prazer e agreguem valor.
Para falar da teoria de
Domenico é preciso destacá-lo do rol
dos alarmistas do futuro ou do fim do emprego. Sua
visão e teoria buscam realçar o que
temos de melhor: a capacidade de
criação e inovação.
Para o autor, estamos vivendo uma nova ordem
econômica em que as pessoas irão viver
mais devido a avanços tecnológicos e
científicos, prolongando a vida das pessoas.
Porém temos que mudar, porque ainda
trabalhamos e vivemos da mesma forma que 100 anos
atrás.
O trabalho, hoje,
segundo Domenico, nos leva para uma
reavaliação sobre a
localização, pois não
precisaremos estar no local físico da
empresa para executarmos atividades produtivas.
Hoje há empresas deixando seus empregados
trabalhando em casa, no conceito "Home
Office".
Na
educação, há necessidades de
mudanças, pois a escola atual prepara as
pessoas para o mercado de trabalho no modelo da
sociedade industrial. Temos ainda muito que fazer
nas áreas de ensino e aprendizagem, saindo
do formato tradicional para um modelo espacial e
virtual.
Nós só iremos atingir um nível
melhor de bem estar e felicidade quando entendermos
e nos darmos o luxo de ter nas atividades criativas
o nosso maior tempo gasto, nas quais trabalho
formal e tempo livre convivam bem e se
confundam.
Para atingir esse grau, devemos passar por um
processo de mudanças comportamentais,
culturais e políticas. O autor fala que o
Brasil é o país que está mais
preparado no mundo, pois temos algumas das maiores
qualidades para a mudança: sensualidade,
espontaneidade, alegria e hospitalidade.
Conclusão
A proposta do
ócio criativo como uma ferramenta para o
aprimoramento pessoal fora do trabalho é uma
das mais belas teorias já produzidas, cuja
efetivação é possível,
pois cada vez mais nos deparamos com a necessidade
de compor o nosso conhecimento e desenvolvimento
pessoal com atividades que agreguem valor, prazer e
qualidade de vida, pois como diz Domenico - "A
criatividade não é só
idéias, é unir fantasias com
concretizações".
Saber o que fazer com o tempo livre é
construir um mundo novo no qual exercitaremos o
corpo e a mente, reencontraremos os amigos, a
família e reinventaremos a coletividade.
Domenico mostrou a saída, - "Tornar o
ócio uma atividade produtiva".
LAURO JORGE PRADO
Pós-graduado em Controladoria e
Finanças e em Planejamento e Gestão
de Negócios e com
especialização em Gestão
Empresarial.
Atuou por mais de 15 anos na área de
Planejamento Econômico e Financeiro da Norske
Skog Pisa Ltda
É instrutor free-lance nas disciplinas de
finanças (custos, orçamento,
planejamento, marketing, etc).
É professor de Curso Técnico
Pós-médio: Gestão
Empreenderora, nas disciplinas: Finanças ,
Contabilidade, Marketing e Planejamento
Estratégico
É pesquisador nas áreas de
planejamento estratégico e custos.
É consultor nas áreas de
gestão empresarial, custos, orçamento
e planejamento estratégico, através
de sua empresa:
SuGestão
Consultoria e
Assessoria.
Autor do e-Book Guia de Custos e do e-Book Guia
Balanced Scorecard
Mantém o site: www.lauroprado.com/ezine/
- Site LJP e-Zine A Revista Eletrônica da
Gestão